Data tem o objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito

A Policlínica Estadual da Região São Patrício, em Goianésia, promoveu uma atividade de conscientização sobre o Dia Mundial do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, para os pacientes da unidade de saúde. A palestra foi ministrada pela psicóloga Gyza Mendes.

O autismo por nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos).

De acordo com Gyza, não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam, há desde pessoas com outras doenças e condições associadas, como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

Segundo a psicóloga alguns sinais de autismo podem ser descritos como: Não manter contato visual por mais de 2 segundos; Não atender quando chamado pelo nome; Alinhar objetos; Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise; Não brincar com brinquedos de forma convencional; Fazer movimentos repetitivos; Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo; Repetir frases ou palavras; Girar objetos sem uma função aparente; Interesse restrito ou hiperfoco; Não imitar; Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.

“As causas do autismo são majoritariamente genéticas. Estudos recentes de 2019 demonstram que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas (estimados entre 97% e 99%, sendo 81% hereditário). No Brasil não há uma prevalência de Autismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil pode ter mais de 2 milhões de autistas”, afirmou.

Tratamento

A psicóloga explica que o tratamento para autismo se baseia em terapia de intervenção comportamental, indicada pela Associação Americana de Psiquiatria, entre outros tratamentos individualizados como fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista. “Alguns sintomas como irritabilidade, agitação, autoagressividade, hiperatividade, impulsividade, desatenção, insônia e outros podem ser tratados com medicamentos, que devem ser prescritos por um médico. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social”, disse,

Pensando e respeitando a garantia de direitos da pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo a “Lei Berenice Piana”, 12.764 de 2012, criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo no Brasil, regulamentada pelo Decreto 8.368, de 2014.

Fonte: Diário da Manhã