O objetivo é disseminar informações sobre o tema

A Policlínica Estadual da Região do São Patrício realizou nesta sexta-feira, 18, uma conscientização em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome do Transtorno do Espectro Autista TEA nível I. A psicóloga Gleice Ferreira abordou sobre o tema e explicou que o paciente com TEA apresenta dificuldades em situações sociais, apresenta comportamentos restritivos e repetitivos e necessitam apenas de um suporte mínimo para ajudá-los em suas atividades do dia a dia.

“O paciente com TEA nível 1 desempenha atividades da vida diária com autonomia, desenvolve-se em várias áreas além disso, vão aprendendo a suavizar algumas características do autismo nos contextos sociais. Por isso, muitas vezes, o TEA vai passando despercebido e o diagnóstico pode vir até na fase adulta”, disse.

Segundo a psicóloga, alguns pacientes podem apresentar dificuldade para compreender comandos, podem interpretar inadequadamente o que é dito, não olhar ao serem chamados, não fazer contato visual. “É muito importante observar e identificar qualquer dificuldade de interação, de contato visual, a fim de buscar assistência para diagnóstico e início do tratamento precoce, possibilitando que o mesmo consiga desenvolver, ser autônomo, realizar suas ações e buscar seus objetivos. O paciente com TEA nível 1 demanda pouco tratamento para se desenvolverem e serem autônomos. Os tratamentos podem ser, psicoterapia, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional”, afirma Gleice.

A profissional ressalta que o autismo não é uma condição inalterável. “É possível que uma pessoa avance em relação ao estágio inicial. Há pessoas que podem sair do nível moderado para o leve ou até passar a apresentar traços levíssimos. Isso é chamado de caminhar no espectro”, destaca.

O avanço do paciente vai depender do tratamento e dos estímulos que ele receberá, da intensidade e qualidade desses estímulos, da faixa etária em que começarem a ser introduzidos e da articulação entre os contextos. “Quanto mais eficazes e adequados e quanto mais cedo forem introduzidos, principalmente nos primeiros anos da infância, quando o cérebro está aberto a mudanças, mais possibilidades a pessoa tem de se desenvolver. Por isso a importância de acompanhar e analisar a criança em todos os aspectos, de realizar as consultas de crescimento e desenvolvimento na unidade básica, para que possa identificar qualquer alteração precocemente”, concluiu.